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3,1 bi de anúncios banidos do Google

Número é do Relatório Anual de Segurança

17.03.21

O Google divulgou nesta quarta-feira, 17, o Relatório Anual de Segurança de Anúncios relativo aos dados de 2020. A companhia reporta, pelo décimo ano, as ações adotadas para manter maus atores fora do seu sistema, tanto do lado das marcas quanto dos editores. O resultado: foram bloqueados ou removidos cerca de 3,1 bilhões de anúncios que violaram as políticas da empresa. Outros 6,4 bilhões foram restringidos.

Em 2019, a gigante tecnológica havia removido 2,7 bilhões de anúncios "ruins" (reveja aqui). Os resultados de 2020 têm de ser analisados à luz da pandemia, que demandou adaptações. No ano passado, as políticas e os sistemas de revisão do Google foram postos à prova não apenas pelo impacto da covid-19. Afinal, 2020 foi ano de eleições em diversos países. E a luta contra atores mal-intencionados se mantém constante. A companhia avisa que acrescentou ou atualizou mais de 40 políticas para anunciantes e editores.

Outro resultado divulgado é a retirada de anúncios de páginas de publishers. No ano passado, o banimento dessas peças atingiu 1,3 bilhão de páginas de editores. Em 2019, esse número foi de 21 milhões, o que reforça o avanço de tecnologias de identificação automatizada que foram usadas para retirar esses anúncios.

Também foi impedida a veiculação de peças em mais de 1,6 milhão de sites de editores que continham violações disseminadas ou flagrantes.

Uma medida necessária foi definir uma política que lidasse com as afirmações e conspirações sobre a origem e a disseminação do coronavírus. A decisão foi proibir anúncios e conteúdo monetizado que fossem contrários ao consenso científico sobre a covid-19 ou sobre outras emergências sanitárias globais.

Ao todo, o Google bloqueou a veiculação de mais de 99 milhões de anúncios relacionados à covid em 2020. Isso inclui propagandas de curas milagrosas, de máscaras N95 (que estavam em falta no mercado) e, mais recentemente, de doses falsas de vacinas.

Desmonetização de discurso de ódio e violência

O Google destacou o papel da imprensa para garantir à população o acesso a informações seguras. Em 2017, a empresa desenvolveu maneiras mais detalhadas de analisar sites noticiosos, incluindo comentários de usuários. “Desde que passamos a adotar medidas ao nível da página, continuamos investindo em nossa tecnologia automatizada. Isso foi essencial num ano em que assistimos a um aumento no discurso de ódio e no incentivo à violência pela internet”, salientou a companhia em post em seu blog oficial.

Com isso, a gigante tecnológica informa que conseguiu evitar a monetização de conteúdo nocivo. “Tomamos medidas em relação a quase 168 milhões de páginas” que veiculavam conteúdo perigoso e depreciativo.

O Relatório de Segurança é uma das formas do Google compartilhar com o público o funcionamento da publicidade em suas plataformas. No primeiro semestre de 2020, a companhia lançou o programa de verificação de identidade do anunciante. O Google checou a identidade de anunciantes em mais de 20 países, mas o recurso ainda não está disponível para a América Latina e para o Brasil. Outra ferramenta, que também não foi lançada na região latino-americana, fornece o nome e a localização dos anunciantes pelo botão “Sobre este anúncio”.

3,1 bi de anúncios banidos do Google

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