Cannes Lions 2019

A produtora Madre Mia irá defender nesta quarta, 19, no Palais des Festivals, o case Primeiro Sutiã, um dos finalistas brasileiros na categoria Glass do Cannes Lions. A partir deste ano, os finalistas em Glass terão de ser defendidos no Palais, assim como acontece com Innovation.

Para tanto, a equipe da Madre Mia trouxe alguns reforços a Cannes, como Bruna Benevides, diretora da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que assina o filme, e uma série de depoimentos de mães que têm filhas trans e que assistiram ao filme.

"Todo mundo sabe que o Brasil é o país onde mais se mata pessoas transexuais no mundo, e isso é um grande absurdo. A expectativa de vida de uma pessoa trans é de 35 anos. Pensando no enfrentamento desta questão, a Antra diagnosticou que um dos principais fatores para essa situação é a falta de acolhimento familiar: 80% das pessoas trans são rejeitadas pela família. São jovens colocados para fora de casa pelos pais, reforçando esse perverso índice de violência. Estamos falando de pessoas que não têm acesso à saúde, educação, empregos, e acabam caindo na prostituição. O filme foca nessa questão do acolhimento. Em média, as pessoas trans são colocadas para fora de casa com 12, 13 anos e é exatamente essa a idade da nossa protagonista", comenta Rafael Damy, diretor do filme.

E ele completa: "Bruna Benevides é uma mulher trans que também não foi apoiada pela família. Foi colocada para fora de casa com a idade próxima à de nossa atriz Ludmila".

Veja o videocase.