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‘Bilionário arrogante’

Elon Musk acusa agora a Austrália de censura

23.04.24

Pouco tempo depois de acompanharmos os ataques de Elon Musk ao governo brasileiro, novo capítulo de polêmicas contrapõe o bilionário à Austrália. No início do mês, o CEO do X (ex-Twitter) publicou na plataforma textos críticos, endereçados ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como dissemos por aqui.

Agora, o sul-africano acusa a Austrália de censura, já que um juiz determinou que a rede social X deve proibir o acesso a conteúdos em vídeos em que um adolescente aparece esfaqueando um bispo em uma igreja, em um subúrbio de Sydney.

A Corte Federal australiana deu, nesta segunda-feira (22), prazo de 24 horas à plataforma para remover os vídeos. Mas a Comissão de eSegurança da Austrália já havia solicitado que a rede social os tirasse do ar, anteriormente. Como a plataforma ignorou as notificações, a ordem judicial foi solicitada.

Nesta terça-feira (23), Musk postou no X que o conteúdo em questão não pode ser mais acessado por usuários na Austrália e que estaria disponível "apenas para servidores nos Estados Unidos". "Nossa preocupação é que qualquer país possa censurar conteúdo para todos os países", escreveu o empresário em sua rede social.

Anthony Albanese, primeiro-ministro australiano, criticou Musk, chamando-o de "bilionário arrogante" e dizendo que ele "acredita que está acima da lei". "A ideia de que alguém recorreria à corte para defender o direito de postar conteúdo violento em uma plataforma demonstra o quão deslocado o Sr. Musk está", declarou à rede pública ABC.

No Brasil, as manifestações de Musk de que a rede não iria cumprir as determinações do STF e seus ataques a Moraes levaram o ministro a incluir o empresário como investigado no inquérito das milícias digitais (sobre grupos que estariam atuando contra a democracia), a abrir inquérito para a Polícia Federal investigar crimes de obstrução à Justiça, e a estabelecer multa diária de R$ 100 mil caso o X desobedeça “qualquer ordem judicial já emanada, como reativar perfis bloqueados pelo STF ou pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), leia aqui.

 

‘Bilionário arrogante’

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