Festival do Clube 2016

O primeiro dia do Festival do Clube 2016 fechou com o lançamento oficial do 40º Anuário, que reúne os melhores trabalhos de 2015. Com conceito e direção de criação assinados por Márcio Ribas, da Neogama, a publicação, confeccionada em ouro, foi apresentada em grande estilo, em evento que contou com a participação dos atletas olímpicos Rafael (Baby) da Silva (judô), Joanna Maranhão (natação) e Robson Caetano (atletismo) e mediação do vice-presidente do Clube e diretor de filmes da Barry Company, Fernando Nobre, e da jornalista Lena Castellón.

“Há 40 anos seguidos, reunimos o melhor da propaganda brasileira. Mesmo com todas as crises e dificuldades, conseguimos manter essa tradição”, comentou Nobre, lembrando que o conteúdo do Anuário passou a ser disponibilizado no Facebook, o que democratiza o acesso. “Especificamente para esse 40º anuário queríamos ter um lançamento à altura”, complementou. E assim foi: o anuário ganhou uma edição única, confeccionada em ouro, que chegou à Cinemateca em um carro forte customizado do Clube e ficou exposto para o público presente no festival.

Durante a cerimônia de apresentação do livro, Ribas explicou que recebeu como briefing fazer algo impactante, já que se tratava de uma data especial, de momento de mudanças no regulamento do Festival e também de um ano olímpico, o que acabou sendo um insight para chegar ao conceito “O bom é inimigo do Ouro”. “Esse conceito fala sobre excelência, que deve ser aplicada todo dia. Você não pode se contentar com o bom, tem de buscar o ótimo. Não pode parar na primeira ideia, no primeiro layout. Tem de se provocar, fazer melhor”, disse.

As páginas do Anuário são de absoluto preciosismo estético e trazem referências de design e moda com fotos de Gustavo Zilberstein. Preto, amarelo dourado e branco são as cores predominantes e o ícone da estrela é explorado de maneira lúdica, com o ouro presente de alguma maneira em todas as imagens. Há uma estrela rosa e um texto de André Kassu em homenagem ao diretor de fotografia Ricardo Della Rosa, morto no ano passado. E menções a Marcello Serpa e José Luiz Madeira, que entraram para o Hall da Fama. As imagens também foram adaptadas em gifs e movies para gerar maior impacto na versão virtual no Facebook.

Para seguir tratando do tema da excelência, foram chamados ao palco os três atletas olímpicos que deram verdadeiras lições sobre superação.

“Para um atleta, a busca pela excelência é treinar no limite e sempre tenta melhorar. Mas ela tem percalços no caminho. A lesão acompanha o atleta. E nessas horas você tem de acreditar muito no seu potencial. Na Olimpíada de Londres, em 2012, eu confiava no meu corpo. Nesta, tive de confiar na minha mente”, declarou Rafael Baby da Silva, judoca que ganhou Bronze em Londres e no Rio.

“A natação foi o meu céu e o meu inferno. Parecia que o que ela me dava de bom supria a sujeira. Tive de enfrentar meus traumas nadando. Descobri que o enfrentamento é imprescindível. Hoje, qualquer dificuldade que tenho, já verbalizo. Eu não me calo. Aos 29 nada melhor do que aos 17”, disse Joanna Maranhão, recordista sul-americana, que competiu em quatro Jogos Olímpicos. Ela revelou ter sofrido abusos de seu treinador quando criança e hoje luta contra a pedofilia.

“Não existe atalho para a excelência. Os atalhos te levam a problemas no futuro. Só a entrega e o trabalho duro fazem a diferença na vida de alguém. O Ouro não é o ponto, você tem de ir além dele. Pensar em nadar, em correr além do possível”, afirmou Robson Caetano, maior velocista da história do atletismo brasileiro.

Confira a programação completa do Festival, aqui.

Paula Guimarães

Serviço:

Festival do Clube de Criação 2016

Quando: Setembro, 10, 11 e 12 - 2016
Local: Cinemateca Brasileira - São Paulo – Brasil
Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino

Hosted by: Clube de Criação
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