Festival do Clube 2016

As marcas que investem em branded content, seja para construção ou consolidação de imagem ou para a promoção de produtos, ainda estão em busca de uma fórmula que propicie uma interação mais orgânica com a audiência, baseada em uma relação de confiança e transparência. No painel "Mas afinal, com que tipo de conteúdo as pessoas se importam?", que aconteceu no Festival do Clube 2016, o tema foi debatido por Alexandre Grynberg, sócio e CEO da Dogs Can Fly Content Co. e mediador do debate; Dedé Eyer, diretor nacional de criação da NBS; Rogério Gallo, vice-presidente de canais de filmes e séries da Turner; e Gabriela Onofre, diretora global de marketing da Johnson & Johnson.

Grynberg abriu a conversa mencionando o filme “Náufrago” como exemplo de um dos maiores cases de sucesso em branded content. “As marcas FedEx e Wilson estão inseridas no roteiro do filme de maneira absolutamente natural”, avaliou.

O criativo Eyer ressaltou que é fundamental que a marca esteja associada ao conteúdo de maneira autêntica, ou o projeto é facilmente assimilado como publicidade. "Para se conseguir que a marca explore de maneira verdadeira seus valores é necessário que sua essência seja clara e bem definida", defendeu.

Do ponto de vista do anunciante, Gabriela explicou que é preciso experimentar e testar iniciativas de branded content, mas o projeto tem de ser muito bem analisado, tem de fazer sentido. “O ideal é quando os valores da marca são realmente partes intrínsecas da narrativa. Para isso, a marca deve ter muita clareza sobre o seu papel”.

Já de acordo com Gallo, as pessoas se importam com o conteúdo que traz emoção, risos, lágrimas, ou que faça meramente com que o tempo passe. “A meta deve ser entreter, realmente, e não tentar inserir uma marca de maneira forçada. Só assim o público se desarma da descrença e embarca na historia”, disse.

O bate-papo foi muito mais abrangente e você poderá conferir na íntegra assim que forem liberados os vídeos das palestras deste ano. Aguarde.

Luciana Lima