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Horizon? FB? Meta?

Facebook estaria para anunciar nome de marca-mãe

20.10.21

Diante dos rumores de que o Facebook prepara uma mudança de nome, história levantada pelo The Verge, em reportagem publicada na noite da terça-feira 19, a internet tem se desdobrado em apontar possíveis alternativas e justificativas. O que se aventa é que não se trata de um rebranding da rede social, e sim da criação de uma marca-mãe que agruparia os negócios todos da companhia Facebook.

Seria como aconteceu com o lançamento da Alphabet, a corporação dona do Google e de todas as empresas relacionadas à gigante da tecnologia que nasceu como um serviço de buscas. A holding surgiu em 2015, mas, a rigor, seu nome é mais lembrado na hora dos relatórios financeiros.

Vale lembrar que em 2016, o Snapchat apresentou o Snap Inc. a holding para cuidar de todos os negócios da companhia. Entre eles, a responsável pelo então recém-lançados Spectacles, seus óculos com câmeras (relembre aqui).

No caso da reformulação do Facebook, a proposta teria a ver com a adequação aos novos conceitos do CEO Mark Zuckerberg a respeito do futuro da tecnologia social, de acordo com The Verve. Ele está bastante focado na construção de um metaverso, um projeto para novas experiências imersivas, com uso de realidade aumentada, mista e virtual, reunindo pessoas em espaços interativos.

O suposto anúncio, inclusive, está sendo aguardado para o dia 28, quando será realizado o Facebook Connect, um evento que irá discutir exatamente essas tecnologias. Ele seria feito pelo próprio Zuckerberg.

Mas comentários na web apontam que a medida também poderia ser uma maneira de a companhia melhorar sua imagem após tantas crises, de processos judiciais ao apagão que deixou suas principais plataformas fora do ar por cerca de seis horas no dia 04 de outubro (releia aqui).

Uma das polêmicas mais recentes foi a série de denúncias feitas por uma ex-funcionária, Frances Haugen. Ela apresentou documentos que indicavam, entre outras coisas, que o Facebook teria ignorado relatórios que apontavam como o Instagram vinha impactando negativamente adolescentes em função de seus filtros, que abalavam a autoestima.

De todo modo, a possibilidade de surgir uma empresa a abrigar o Facebook, mais as demais plataformas (entre elas, Instagram, WhatsApp, Messenger e Oculus), gerou sugestões de nomes. Entre eles estão Horizon – como diz o The Verge –, FB simplesmente e Meta, que se relacionaria ao projeto de construção do metaverso facebookiano.

Horizon tem a ver com o nome de um mundo de VR, uma versão ainda não lançada que mistura Facebook e Roblox, uma popular plataforma de universos virtuais. O nome desse projeto foi alterado recentemente para Horizon Worlds. Além disso, a companhia criou uma plataforma colaborativa chamada Horizon Workrooms, em formato beta, para o trabalho remoto. O software suporta até 16 pessoas usando o Oculus e até 50 funcionários no total, ao adicionar quem estiver participando com chamadas por vídeo.

A construção do metaverso tem, de fato, envolvido as lideranças da companhia. Na segunda-feira 18, o Facebook informou que pretende contratar 10 mil pessoas nos próximos cinco anos na União Europeia com esse propósito. Numa entrevista para a imprensa francesa, Laurent Solly, vice-presidente da empresa encarregado pela operação no sul da Europa e chefe do grupo na França, declarou que o metaverso é a nova fronteira da internet, “uma revolução tão grande quanto a internet móvel".

Em setembro, o Facebook já tinha anunciado os Programas XR e Fundos de Pesquisa, que somam um investimento de US$ 50 milhões, distribuídos em dois anos, para projetos e pesquisas que devem ajudar a companhia a elaborar seu metaverso (confira aqui). Com esse montante, a companhia pretende viabilizar a colaboração com parceiros na indústria, entidades de direitos civis, governos, ONGs e instituições acadêmicas para determinar como construir esse espaço revolucionário de forma responsável.

Como desejo expresso de mostrar que o Facebook é uma companhia e uma rede social, em 2019 foi feita a atualização da identidade visual da empresa. Na ocasião, Antonio Lucio, então diretor de marketing da corporação, contou que as lideranças começaram a falar com mais clareza sobre os produtos e os serviços que fazem parte do Facebook anos atrás, quando a empresa começou a apoiar produtos como Oculus, Workplace e Portal.

A mudança na marca é uma maneira de comunicar melhor nossa estrutura de propriedades às pessoas e aos negócios que usam nossos serviços para se conectar, compartilhar, criar comunidades e crescer suas audiências”, disse na data (mais detalhes aqui).

O Facebook não comentou os rumores.

Horizon? FB? Meta?

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