arrow_backVoltar

O ano da Disney

Recordes de bilheteria, nova fase da Marvel e Disney+: falta algo?

22.07.19

A Disney dificilmente repetirá em sua história um final de semana como este que passou. No sábado 20, Vingadores: Ultimato, longa que encerra uma fase de dez anos de sucessos do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês), bateu o recorde que pertencia a Avatar e se tornou a maior bilheteria da história do cinema. O site Box Office Mojo aponta que o capítulo final dos Vingadores rendeu globalmente US$ 2,790 bilhões, superando os US$ 2,789 da ficção de James Cameron. Para quem não lembra, a Disney é dona da Marvel.

Outro trunfo da companhia veio de uma produção nascida em seus estúdios. Ou melhor, de um remake. O Rei Leão, grande aposta do estúdio para este ano - junto com Vingadores e Star Wars -, confirmou seu potencial. Em seu primeiro final de semana em cartaz, o filme amealhou US$ 185 milhões nos EUA e US$ 531 milhões no mundo. É a segunda maior arrecadação de estreia neste ano. Perde para Vingadores: Ultimato.

Tecnicamente, este é o segundo final de semana de O Rei Leão, já que a produção estreou uma semana antes na China, onde a bilheteria já chegou a US$ 97,5 milhões, segundo o Box Office Mojo (mais detalhes aqui). Outros mercados registraram as seguintes arrecadações: Reino Unido com US$ 19,9 milhões; França, US$ 19,6 milhões; México, US$ 18,7 milhões; e Brasil, US$ 17,9 milhões.

Havia uma forte expectativa em torno do remake, com alguns especialistas colocando suas fichas na história de Simba como o blockbuster do ano, acima do aguardado Star Wars: A Ascensão Skywalker (que estreia em 19 de dezembro), e até de Ultimato (leia o que publicamos aqui). O título ainda entrará em cartaz no Japão, em Hong Kong e na Itália. No entanto, com a quebra de recorde mundial pelo filme dos Vingadores - feito que ganhou impulso com o relançamento da produção com cenas extras, uma estratégia estabelecida pela Disney - , é improvável que o Rei Leão consiga bater o capítulo derradeiro dos super-heróis da Marvel.

Fase 4 e streaming

O anúncio da quebra de recorde, após quase dez anos de domínio de Avatar, foi feito pelo presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, durante a San Diego Comic Con, evento pródigo em novidades dos estúdios e que se encerrou neste final de semana. Como não podia deixar de ser, a Marvel deu mostras de sua força na convenção, mas desta vez resolveu fazê-lo com potência máxima. Feige apresentou os projetos que formam a Fase 4 do MCU, o que provocou reações entusiasmadas dos fãs dentro e fora do evento. São dez produções entre 2020 e 2021 (confira algumas das datas previstas de lançamento aqui), com filmes e séries, demonstrando como a Marvel está amarrando seu conteúdo de forma a atender o gosto do público, independentemente da plataforma.

Entre os filmes estão o que apresenta o grupo de heróis conhecidos como Os Eternos, que terá Angelina Jolie no elenco, o segundo longa com Doutor Estranho, personagem representado por Benedict Cumberbatch, e a versão feminina de Thor, estrelada por Natalie Portman. Em relação às séries, estão em produção Wanda Vision (sobre os personagens Feiticeira Escarlate e Visão) e Falcão e o Soldado Invernal, que devem entrar na plataforma de streaming da Disney no primeiro e no segundo semestre de 2020, respectivamente. O Disney+ entra em operação em novembro e é o serviço que tem tirado o sono da Netflix - que neste mês teve queda de assinantes nos EUA (leia mais em “O Drama da Netflix”).

Outra novidade da Marvel foi o ingresso de Mahershala Ali (da série True Dectective e ganhador do Oscar de ator coadjuvante deste ano por Green Book) para o time estrelado do estúdio. Ele irá representar o caçador de vampiros Blade em uma produção cujos detalhes não foram apresentados. Se será filme ou série ainda não se sabe. No cinema ou no streaming, a Disney tem espaço para mais um ícone da cultura pop.

 

Lena Castellón

O ano da Disney

/