arrow_backVoltar

O espaço é seu

'COMO É QUE EU NUNCA TINHA VINDO PARA CÁ ANTES?'

25.03.15

Por uma tecnologia (e uma comunicação) a serviço das necessidades humanas

O primeiro South by Southwest a gente nunca esquece.

Começo este texto assumindo que é impossível sair de lá e sua cabeça não estar cheia de referências e ideias para serem colocadas em prática amanhã, a favor de nossas marcas e clientes.

Deslumbramento? Total e sem vergonha alguma. Mas posso assegurar que não foi só meu. Dentre os mais de 500 brasileiros em Austin, de clientes a fornecedores especializados, encontrei muita gente boa, algumas de alto escalão, que também estavam vivendo sua primeira vez no SxSW. E a sensação de todos era a mesma: “COMO É QUE EU NUNCA TINHA VINDO PARA CÁ ANTES?

A segunda constatação clara é: o sarrafo vai subir, e muito. E o parâmetro deve se guiar pelo princípio que me pareceu a grande tendência apontada nesta edição do SxSW: o usefullness to humanity (algo como 'usabilidade para a humanidade'), ou seja, essa edição foi menos sobre um fetichismo tecnológico (crítica a edições anteriores) e mais sobre como essas novas tecnologias podem melhorar, de fato, nossas vidas.

E, no final do dia, qual o futuro da publicidade se não se tornar, cada vez mais, algo realmente útil para as pessoas?

Alguns bons exemplos do que já está sendo realizado nessa dinâmica:

- A North Face que usou da realidade virtual em suas lojas para “transportar” as pessoas ao habitat natural da marca, oferecendo uma experiência única no ponto de venda (veja aqui).

- A Alert Shirt da Foxtel, Austrália - uma camisa com sensores que imitam a sensação dos jogadores durante a partida, gerando uma conexão física instantânea das pessoas e levando o entretenimento para outro nível. Exemplo bom de como a internet das coisas (Internet of Things) pode mudar totalmente a forma como nos relacionamos com nossos aparatos e produtos, assim como eles se relacionam conosco (confira aqui).

- O EmotionScan do BNZ (Banco da Nova Zelândia), um software de reconhecimento facial 3D que rastreia e analisa suas emoções para gerar insights que melhoram sua relação com o dinheiro e, consequentemente, com o banco (espie aqui).

Isso sem falar de Big Data, Bitcoin, Wearables, Drones...

Tudo isso sendo usado por marcas cada vez menos só pelo uso da tecnologia em si, e mais para resolver uma necessidade das pessoas.

Talvez, nesse ponto, vocês estejam se perguntando: "Legal... mas, cá entre nós, muito disso demora bastante para chegar aqui, né? Não vai impactar diretamente no meu dia a dia, ou seja, não tem por que perder tempo com isso, certo?”

Errado. Com a forte presença de clientes no festival, briefings demandando novas tecnologias e afins não tardam a chegar.

O fato é que não devemos esperar por esses briefings.

Com a vasta gama de possibilidades que essas novas tecnologias nos oferecem, e com o aval de diferentes palestrantes, a verdade é que não há tempo melhor do que o hoje para se trabalhar na indústria da criatividade, porque muito do que for imaginado pode se tornar realidade.

Basta identificarmos as necessidades reais do dia-a-dia das pessoas e buscar a solução. O que, no fim, torna nosso trabalho mais relevante para os consumidores e para nós mesmos.

Roberto Vianello - WmCcann // Gerente de Planejamento Estratégico

Leia anterior sobre o SxSW aqui.

 

O espaço é seu

/