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Philip Morris, British American Tobacco e cia.

Indústria do tabaco usa 'influencers' de forma não transparente?

30.08.18

Um estudo global da Tobacco-Free Kids e da Netnografica divulgado nesta semana alega que as empresas de tabaco, incluindo a Philip Morris International, a British American Tobacco, a Japan Tobacco International e a Imperial Brands, estão utilizando "influenciadores" de forma não transparente para promover marcas de cigarro entre o público jovem.

Em seu relatório, a Tobacco-Free Kids diz que as campanhas para mídia social de marcas como Marlboro usam rotineiramente os "influenciadores" para retratar seus produtos de maneira atraente, sem revelar a natureza comercial dos relacionamentos.

O relatório inclui entrevistas anônimas com "influenciadores", que descrevem trabalhos com a Philip Morris e com a British American Tobacco que buscam "apelar diretamente a um público jovem" ao "incluir produtos" em fotografias de posts de uma "maneira natural".

As alegações colocam em questão a recente afirmação da Philip Morris, de que estaria priorizando a conversão de fumantes regulares de cigarros a consumidores de produtos livres de fumaça, como o IQOS.

A revista inglesa Campaign solicitou a Tommaso Di Giovanni, diretor global de comunicações para produtos livres de fumaça da Philips Morris, uma resposta às informações apresentadas no relatório. Questionado se as afirmações do estudo estavam corretas, Di Giovanni não respondeu diretamente, mas disse que o marketing global da empresa segue quatro princípios básicos: comercializar e vender para fumantes adultos; avisar os consumidores dos riscos para a saúde dos produtos; ser honesto e preciso; e respeitar a lei. "Nenhuma das nossas estratégias de marketing é destinada a recrutar novos fumantes", garantiu.

Di Giovanni não deu detalhes específicos sobre a posição da Philips Morris na divulgação de relações comerciais entre sua marca e "influenciadores".

Sobre se a Philips Morris planeja aumentar o uso de "influencers" para comercializar produtos como o IQOS, e como o investimento seria dividido entre eles e os cigarros regulares, o executivo disse que "a política da empresa impede comentários sobre planos futuros."

A empresa informa que pretende que "pelo menos 30% dos consumidores que, de outra forma, continuariam a fumar" se tornem usuários de produtos livres de cinza e de fumaça até 2025.

Com Campaign.

 

Philip Morris, British American Tobacco e cia.

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