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Prêmio Jabuti

Sueli Carneiro é Personalidade Literária do ano

01.04.22

A cada ano, o Prêmio Jabuti celebra algum nome das letras. Desta vez, a escolha foi por uma autora de não-ficção - é a primeira vez que isso ocorre. Sueli Carneiro é a Personalidade Literária do ano. A filósofa é uma grande pensadora do feminino negro, como aponta a Câmara Brasileira do Livro (CBL), promotora da premiação.

Fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Sueli lutou pela implementação de cotas raciais nas universidades, por maior representatividade nas produções televisivas nacionais e pela dignidade da mulher negra. Entre seus livros estão “Escritos de uma vida”, “Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil”, e “Mulher negra: Política governamental e a mulher” (com Thereza Santos e Albertina de Oliveira Costa).

Com muita esperança, homenageamos a trajetória e a obra de Sueli Carneiro. Ela é referência mundial não só de pesquisadora e intelectual orgânica, mas também nosso grande exemplo de escritora afeita ao debate aberto e franco, um modelo para quem busca criar um pensamento gerador de práxis agregadoras. Em torno dela, na cerimônia, veremos reunirem-se muitas das forças culturais que buscam construir o Brasil plural que desejamos”, declarou Marcos Marcionilo, editor, tradutor e curador da premiação, que chega à 64ª edição.

Principal referência entre as premiações do mercado editorial brasileiro, o Prêmio Jabuti voltará a ser presencial, após duas edições virtuais. A cerimônia de entrega de prêmios será em novembro e terá transmissão pela internet. O reconhecimento das obras se dá em 20 categorias divididas em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.

As inscrições já estão abertas e vão até 26 de maio.

Conceito visual

O Prêmio Jabuti se veste nesta edição de grafite. Ao celebrar o centenário da Semana de 1922, a organização decidiu reconhecer a arte urbana como “expressão cultural e artística de valor transformador da contemporaneidade, capaz de evocar, mirando o futuro, a inclusão e a interação como parte de seu posicionamento de ‘prêmio de todas e todos para todos e todas’”.

Para a CBL e o Prêmio Jabuti, o grafite é uma “atitude antropofágica capaz de mover o pensamento e as artes”. Com a definição da arte urbana como norte do conceito visual desta edição, a intenção é levar o público a “ouvir, ver e ler outras centralidades, de extrema densidade criativa, estética e de conteúdo – negras, femininas, indígenas e de gêneros diversos”.

Foram convidados para desenvolver o conceito visual deste ano os artistas Raiz (Raí Campos), do Amazonas; Tereza de Quinta e Robezio (Acidum Project), do Ceará; Rafael Jonnier, de Cuiabá; Ciro Schumann, de São Paulo; e Marcelo Pax, do Rio Grande do Sul.

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