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Refrigerantes sob ataque

A indústria conseguirá salvar um dos seus + importantes anunciantes?

16.06.16

Ken Wheaton, editor do Advertising Age, assina um artigo essa semana (leia aqui) por meio do qual defende a importância do refrigerante para a indústria publicitária.

Ele começa o texto dizendo que é um desafio para todos os "pesos pesados ​​criativos" que estarão reunidos em Cannes refletir sobre uma campanha para "salvar o refrigerante."

Wheaton admite que há muitas outras coisas dignas de preocupação, como "baleias, focas e outros mamíferos bonitos". Mas para além do fato de ele próprio se declarar "fã de refrigerante", as empresas do setor, argumenta, são cruciais no ecossistema da publicidade.

Gigantes do setor de refrigerantes gastam bilhões por ano em publicidade. Eles fazem com que muitas agências se mantenham ativas. Não só isso, muitas vezes esses anunciantes criam campanhas impressas e de televisão lendárias, experimentando com branded content e com outros esforços de marketing.

No entanto, o editor alerta para o fato de que "isso tudo está agora sob ataque."

Ele informa que no momento em que você lê este artigo, as empresas de refrigerante "podem ter sofrido uma de suas maiores derrotas". Nos EUA, a Filadélfia quer aprovar uma resolução que cobrará imposto de US$ 2,16 por um pack de 12 latas de refrigerante (com volume de 12 onças líquidas americanas).

Se aprovado, Nova York deve tentar novamente elevar o imposto sobre bebidas açucaradas e talvez seja proposto até mesmo um imposto federal direcionado a esse tipo de produto.

Wheaton observa que a proposta de taxar os refrigerantes na Filadélfia inclui os diets. Mas por que, se eles não contêm açúcar? Segundo o editor, aparentemente, as pessoas mais pobres tomam mais refrigerantes da linha regular. Então, para não parecer que o imposto é dirigido apenas ao público menos privilegiado economicamente, os líderes políticos da cidade incluíram os refrigerantes diet, que têm mais penetração nas classes sociais favorecidas.

No Brasil, em março, empresas fabricantes de refrigerantes e de sucos artificiais decidiram parar de veicular propaganda direcionada a crianças de até 12 anos, de acordo com consenso entre os membros da Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas), que reúne grandes empresas como Coca-Cola, Pepsi e AmBev.

Leia o artigo de Wheaton na íntegra, no AdAge.

 

Refrigerantes sob ataque

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