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Sociedade das Marcas Imortais

Projeto do Grupo Alexandria resgata o Kichute

08.07.22

Ao celebrar 15 anos de atividade, completados nesta quinta-feira, 07, o Grupo Alexandria lançou o projeto Sociedade das Marcas Imortais. A empresa oferecerá, por meio desse braço, o trabalho de revitalização de ícones da cultura brasileira que, por distintas razões, saíram do mercado ou ficaram desatualizados.

A primeira marca que será resgatada pelo novo projeto é Kichute, que foi uma chuteira fabricada pelas Alpargatas e que ficou famosa entre os anos 70 e 80. O produto deixou de circular nos anos 90, quando as principais fabricantes de calçados esportivos passaram a operar no Brasil, trazendo para o consumidor chuteiras de padrão internacional.

A marca foi licenciada pelas Alpargatas para a Justa Holding. “Estamos muito felizes em inaugurar o projeto da Sociedade das Marcas Imortais, principalmente porque há uma compreensão mútua entre nós e a Alexandria sobre o valor e a memória afetiva que Kichute tem para povo brasileiro, e a importância de valorizar e impedir o esquecimento dessa marca”, declara Júlia Maringoni, cofundadora da Justa.

O Alexandria é formado pela consultoria de branding homônima, o escritório de design Pharus e a rede de agências de publicidade Isla. O grupo trabalhará no resgate integral de Kichute, fazendo o novo posicionamento do produto e a arquitetura de marca, revisando o logo, a identidade visual e criando a campanha de comunicação.

A intensão é relançar a marca com uma proposta de valor que faça jus à sua história e espaço afetivo para quem a conheceu, mas atualizada com um storytelling contemporâneo capaz de tocar o coração das novas gerações. Kichute merece ser conhecida pelos garotos e garotas de hoje”, explica Solange Ricoy, sócia-fundadora do Grupo Alexandria.

Modelos preservados do calçado são oferecidos em plataformas como o Enjoei, mas são oferecidos como item de colecionador. Desta vez, a marca retorna com forte apelo de exclusividade. Stefano Hawilla, sócio da Justa, conta que será feita uma edição limitada, que será vendida na plataforma online da empresa, que também licenciou da Alpargatas outra marca famosa: Bamba (tênis de lona com uma biqueira larga).

O novo Kichute voltará ao mercado não como chuteira, mas como um produto de street wear. Serão produzidos também NFTs relacionados ao produto. “Foram vendidos nove milhões de pares do Kitchute em 1983”, disse Hawilla, lembrando do sucesso que o tênis já teve no Brasil.

Ícones culturais

Para Solange, as marcas icônicas têm um papel na sociedade. Por isso, a companhia decidiu colocar sua expertise e experiência para projetos que visem a manutenção e preservação de ícones da cultura popular. De acordo com a Alexandria, diversos estudos atestam o valor da nostalgia como benefício emocional capaz de atrair e fidelizar a relação entre consumidores e marcas.

Mapeamentos de tendências mais recentes têm apontado a valorização ao vintage ainda mais forte desde o advento da pandemia, reflexo da busca subjetiva das pessoas por portos seguros. Marcas imortais, hoje adormecidas no mercado, mas presentes na cabeça e no coração dos consumidores, merecem uma segunda chance”, avalia Solange.

Não é a primeira vez que o grupo resgata uma marca emblemática. Em 2015 a Alexandria trabalhou com as Alpargatas no reposicionamento da marca Rainha, vendida logo após. Na Argentina, um projeto foi realizado em 2012 para o grupo Cepas Argentinas, líder no segmento de bebidas alcoólicas. A corporação comprou a marca de licor Amargo Obrero. Foram desenvolvidos o reposicionamento para revitalizar a marca, a identidade visual e uma campanha.

Posteriormente, a Cepas Argentinas adquiriu outras três marcas icônicas no país: Esperidina, Hierro Quina e Pinerol, que também foram revitalizadas em trabalhos de branding e comunicação realizados pela consultoria e pela Isla.

Sociedade das Marcas Imortais

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