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Tapestry e Capri

Órgão regulador nos EUA é contra fusão bilionária

23.04.24

A U.S. Federal Trade Commission (FTC) abriu um processo para bloquear a aquisição da Capri Holdings pela Tapestry, por US$ 8,5 bilhões.

Com a medida, os reguladores trazem pelo menos uma suspensão temporária de um acordo que uniria dois varejistas de luxo nos EUA e colocaria seis marcas de moda sob uma única empresa: Coach, Kate Spade e Stuart Weitzman, da Tapestry, e Versace, Jimmy Choo e Michael Kors, da Capri.

A ideia das empresas com a transação era de que essas marcas de luxo norte-americanas pudessem estar melhor posicionadas para competir com marcas de luxo europeias, como Burberry e Louis Vuitton, da LVMH.

Em um comunicado à imprensa, a FTC informou que considera que a empresa resultante da união prejudicaria consumidores e funcionários. Para o órgão regulador, a fusão proposta "ameaça privar milhões de consumidores norte-americanos dos benefícios da concorrência direta entre Tapestry e Capri, que inclui concorrência em preços, descontos e promoções, inovação, design, marketing e publicidade", avalia.

"O acordo também ameaça eliminar o incentivo para as duas empresas competirem pelos trabalhadores e pode afetar negativamente os salários e os benefícios dos profissionais. Após a aquisição, a Tapestry e a Capri combinadas empregariam cerca de 33 mil funcionários em todo o mundo", segundo a FTC.

O órgão considera que, se permitido, o acordo também daria à Tapestry uma cota dominante no mercado de bolsas deluxo acessível”, um termo cunhado pela companhia para descrever bolsas de couro de qualidade e artesanais a um preço acessível.

Henry Liu, diretor do Bureau of Competition da FTC, argumenta que “este acordo ameaça privar os consumidores da competição por bolsas a preços acessíveis, enquanto os trabalhadores horistas correm o risco de perder os benefícios de salários mais elevados e de condições de trabalho mais favoráveis.

Os conselhos diretores das companhias tinham aprovado a fusão, anunciada em agosto de 2023. A Tapestry e a Capri informaram que lutarão pela transação no tribunal.

Na semana passada, a união das empresas tinha sido aprovada pelos órgãos regulatórios da União Europeia e do Japão. 

 

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