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Lions Health 2018

Conheça o GP de Health; Pharma não tem GP, de novo

18.06.18

Uma campanha integrada que envolve um longa-metragem de 48 minutos conquistou o Grand Prix de Health & Wellness: “Corazón – Give Your Heart”, criado pelo coletivo criativo JohnXHannes para o centro médico Montefiore Health System, de Nova York.

A ação chamou atenção dos jurados por utilizar diversos meios, caso de mídia impressa e filme, e estratégias, como ativação. E também por ter apresentado resultados massivos. A campanha visa estimular a doação de órgãos, mas também trata da reputação da instituição médica. “’Corazón’ gerou awareness, tem riqueza de craft, mostra a reputação do hospital e teve escala. Isso tudo eleva a categoria”, disse Bruno Abner Rebelo, diretor de criação da McCann Health, jurado brasileiro de Health.

Produzido pela Serial Pictures, o filme “Corazón” conta a história real de uma mulher com uma doença cardíaca grave que precisou viajar para Nova York em busca de alguma chance de sobreviver. Para isso, era necessário um transplante, feito por um médico do Montefiore. Com esta história de base, foi criado “Corazón”, com dois atores interpretando os dois personagens. O longa foi exibido no Tribeca Film Festival.

O filme foi promovido em outdoors interativos na Times Square, que divulgavam um aplicativo em que as pessoas podiam medir a frequência cardíaca ao pressionar o celular no peito. Desse modo, também se registravam como doadores de órgãos (confira mais detalhes do projeto aqui).

No ano passado, o GP de Health & Wellness foi para “Meet Graham”, da Clemenger BBDO de Melbourne (Austrália). “Ele também era um trabalho de awareness”, comentou Bruno, para quem a campanha da JohnXHannes tem chance de obter outros Leões no Festival, já que envolveu diferentes disciplinas e meios. “Tem potencial para isso”, apostou. “Meet Graham” conquistou em 2017 mais um GP, o de Cyber.

Na disputa do GP deste ano, dois cases se destacaram também: “Black supermarket”, feito para o Carrefour pelas agências Marcel e Massy, e “Sip Safe”, da Y&R Melbourne para Monash University. O primeiro focou na produção de alimentos que se tornaram “ilegais” por serem variedades não disponíveis em um catálogo de “espécies autorizadas” feito pela União Europeia. No início, a proposta desse catálogo era garantir segurança na produção de vegetais e frutas. Porém, os produtos predominantes passaram a ser os que levavam componentes químicos em seu cultivo (agrotóxicos). Dessa forma, o consumo de alimentos orgânicos ficou bastante restrito.

Em setembro do ano passado, “Black Supermarket” do Carrefour levou para um herbarium a produção de alguns desses itens que estariam proibidos de serem vendidos por não fazerem parte desse catálogo, que privilegiava alimentos geneticamente modificados. Foram feitos um filme e uma petição online para mostrar ao público o impacto dessa proibição. Em abril, o Parlamento Europeu ratificou uma nova regulação da agricultura orgânica, autorizando o cultivo e a venda de uma variedade maior de sementes.

O outro candidato a GP, “Sip Safe”, tinha como peça central uma pulseira que permite avaliar se uma bebida alcóolica foi “batizada”. Com isso, o produto ajuda a diminuir a incidência de casos em que mulheres são dopadas por agressores sexuais.

Na categoria, o Brasil obteve duas Pratas e um Bronze (aqui).

De novo, sem GP em Pharma

Pela segunda vez consecutiva, a categoria Pharma não definiu Grand Prix. Foram distribuídos três ouros. O Brasil conquistou uma Prata (confira aqui).

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