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Cannes Lions 2016

O que pensam os jurados (Domênico Massareto)

10.05.16

O Clubeonline apresenta um bate-bola sucinto e objetivo com todos os jurados que irão representar o Brasil no Cannes Lions, este ano.

Acompanhe abaixo o que tem a dizer Domênico Massareto, Diretor de Inovação do grupo TBWA\ Brasil e jurado de Mobile Lions.

1. Nome, cargo e há quantos anos comparece ao Cannes Lions.
Domênico Massareto, Diretor de Inovação do grupo TBWA\ Brasil. Minha primeira vez em Cannes foi há exatos 10 anos. Fui competir como Young Creative na categoria Cyber. Acabou dando certo: o time brasileiro venceu a competição mundial da categoria.

2. É sua primeira vez como jurado neste Festival? Qual a importância deste convite?
Sim, é minha primeira vez como jurado em Cannes. Estou curioso e empolgado. Já participei do festival muitas vezes, mas é a primeira vez que estarei "do outro lado". Muitas vezes fiquei indignado com a decisão do júri, mesmo em categorias em que eu nem estava competindo. Coisa de italiano passional. Espero que eu possa entender um pouco de como são tomadas as decisões. Tenho certeza que vou aprender muito.

3. Como você está se preparando para o julgamento?
Minha categoria é Mobile Lions. É uma categoria muito recente e muito técnica. Toda iniciativa móvel é dependente de inovações tecnológicas o que me faz acreditar que os vencedores deste ano podem ser completamente diferentes do que foi celebrado na edição anterior do festival. Minha preparação é me manter focado em não esquecer toda a complexidade de se julgar estratégias de comunicação dependentes de tantas variáveis.

4. Já viu trabalhos, nacionais ou internacionais, na sua categoria ou em outras, nos quais aposta?
Vi alguns ótimos cases, mas nada "unânime" ainda.

5. De modo geral, quais suas expectativas em relação ao desempenho do Brasil, este ano, no Festival?
O Brasil sempre foi um fortíssimo player no festival. Este ano, temos uma economia em crise, um câmbio desfavorável e certamente menos inscrições e delegados. Isso deve impactar um pouco o nosso desempenho. O Brasil sempre foi um mercado Top 5 dentro do festival. Não me surpreenderia sairmos deste grupo.

6. O Cannes Lions virou um grande Festival, com mais categorias a cada ano e no qual as agências brasileiras investem um grande montante de dinheiro, não só em inscrições, mas também no envio de suas equipes. Você mudaria alguma coisa no Festival, se pudesse?
No ano passado tive uma participação um pouco diferente. Fui apenas para aprender. Nenhum trabalho inscrito e com a agenda montada já do Brasil para assistir ao máximo de palestras que conseguisse. Ficou claro pra mim que o festival está se moldando naturalmente. A cada ano menos "festival" e mais um evento de aprendizado e troca de informação.

7. Como avalia a qualidade das palestras e a infraestrutura do evento?
A qualidade das palestras é heterogênea, mas ainda assim de um bom nível, no geral. Não há o que fazer e nem como agradar a todos. A solução é aumentar ainda mais a quantidade de palestras. Há muito espaço e demanda para isso.

8. O fato de agora haver um grande número de ‘celebridades’ anunciadas dentre os palestrantes te parece um diferencial atraente?
Não para mim. Mas não posso falar em nome de todos os delegados. A participação destas celebridades conta mais como endosso para o festival e para a nossa indústria do que como conteúdo, de fato. É importante para o festival e, obviamente, a relevância do que dizem está diretamente ligada ao interesse de cada um.

9. Recomenda alguma palestra nesta edição do Festival?
Todas. E estejam preparados com um plano B, um C e um D. Entrou na palestra e viu que não é pra você? Corra para a próxima.

Leia anterior com entrevista com Maria Laura Nicotero, jurada de Promo & Activation, aqui.

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