Gamers contra o racismo

O Brasil reúne uma multidão de gamers: são quase 90 milhões. E dentro desse universo há uma frequência cada vez maior de casos de discriminação racial, relata o GE, plataforma online de esportes do grupo Globo. Relatos de cyber-atletas se acumulam e há casos que provocam quebras contratuais devido a manifestações racistas.

Para levantar a discussão sobre o tema e reforçar que racismo é crime, o GE lançou nesta semana uma campanha de três filmes para conscientizar sobre a importância de denunciar esses ataques e para promover a diversidade no universo de e-sports.

Na peça de estreia (veja abaixo), avatares transportam o público para um cenário gamer. Eles reproduzem, com base em diálogos reais, ataques que ocorrem no ambiente digital, muitas vezes cometidos por pessoas que escondem suas identidades atrás de perfis virtuais. Os filmes incluem depoimentos de jogadores negros que relatam ataques que já sofreram.

“É fundamental deixar explícito que ambientes virtuais não são locais em que tudo é permitido. Manter uma conduta antirracista é, antes de tudo, entender como o racismo opera na nossa sociedade. O esporte é uma excelente ferramenta de combate, pois ele chega a todo mundo. Como o ambiente de e-sports tem muitos jovens, temos a oportunidade de plantar a semente da consciência ainda cedo”, declarou o jornalista Marcos Luca Valentim, cofundador do podcast Ubuntu Esporte Clube, que tem uma visão afrocentrada sobre esporte, cultura e política, passando também pelos jogos eletrônicos.

O GE tem uma editoria dedicada a e-sports, que conta com um time especializado na produção de conteúdo de jogos eletrônicos, reunindo 11 categorias de games como LOL, Free Fire, PES e FIFA, e na cobertura dos principais campeonatos do país e do mundo. A editoria traz ainda vídeos especiais assinados por ícones de e-sports, como Batman e Zantins, e podcasts dedicados ao tema, como ATR NO GE e Early Game.