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Suposta violação de contrato

Elon Musk processa OpenAI

01.03.24

Em uma ação movida nesta quinta-feira, 29, na Justiça de San Francisco, Elon Musk confronta a OpenAI, criadora do ChatGPT, e o CEO da companhia, Sam Altman, por suposta violação de contrato. O bilionário fundador da Tesla e da SpaceX alega que foi abordado, em 2015 por Altman, e por Greg Brockman, cofundador da startup, para montarem juntos um laboratório sem fins lucrativos que desenvolveria IA geral (AGI, na sigla em inglês) para o “benefício da humanidade”.

No processo, Musk afirma que a OpenAI abandonou sua missão. O documento diz que a empresa tem se transformado, de fato, em uma subsidiária da “maior companhia tecnológica do mundo”, a Microsoft. A big tech é uma das investidoras da OpenAI.

Para Musk, que deixou o board da empresa em 2018, o foco da OpenAI é “maximizar os lucros” para a Microsoft e isso viola o contrato. O objetivo de beneficiar a humanidade teria ficado para trás.

A ação traz detalhes de como Musk via a IA naquele momento. Segundo o texto, Musk foi procurado pelos fundadores da OpenAI com a proposta de desenvolver a IA geral num caminho oposto ao praticado pelo Google. Para o bilionário, a corrida nesse campo estava sendo liderada pela big tech.

O documento afirma que Musk acreditava – e ainda acredita – que “nas mãos de uma empresa fechada e com fins lucrativos como o Google, a AGI representa um perigo particularmente agudo e nocivo para a humanidade. Em 2014, já era bastante difícil competir com o Google no seu core business. O Google coletou um conjunto excepcionalmente grande de dados a partir de nossas buscas, nossos e-mails e de quase todos os livros de nossas bibliotecas. No entanto, até este ponto, todos tinham potencial para competir com o Google por meio de uma inteligência humana superior e de trabalho árduo. AGI faria a competição quase impossível”.

Os advogados de Musk lembram que Altman se tornou CEO da OpenAI em 2019. E em setembro de 2020, a startup fez um acordo com a Microsoft. Em março de 2023, a empresa lançou “o mais poderoso modelo de linguagem, o GPT-4. O documento ressalta que, naquele momento, Altman fez com que a OpenAI “se afastasse radicalmente de sua missão original e de sua prática histórica de disponibilizar sua tecnologia e conhecimento para o público. O design interno do GPT-4 foi mantido e permanece em segredo completo, exceto para a OpenAI (...) e para a Microsoft”.

Suposta violação de contrato

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