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The Show Must Be Paused

Com “apagão”, setor musical reforça movimento #BlackLivesMatter

02.06.20

Nesta terça-feira, 02, as redes sociais estão se cobrindo de imagens apenas com a cor preta. Outros posts estampam a hashtag #BlackLivesMatter. O dia está sendo marcado pela ação “Blackout Tuesday”, que ressalta a luta antirracista, intensificada com a morte de George Floyd por um policial de Minneapolis. Outra iniciativa deflagrada nesta terça reforça o movimento, porém é encabeçada pela indústria da música. É a "The Show Must Be Paused".

Bandas como Radiohead e Coldplay começaram a mudar suas páginas nas redes, na noite de segunda-feira, deixando-as com fotos de perfil e capas pretas ou com a hashtag #theshowmustbepaused. Mas não são apenas nomes famosos como o do produtor Quincy Jones que participam da ação, vista como uma espécie de blackout musical. Empresas como Warner Music Group estão publicando posts na mídia social explicando o movimento - a companhia no Brasil replicou mensagem da Warner Music americana. Nos EUA, rádios e gravadoras aderiram à proposta.

Uma das formas de participar da ação é deixar as páginas nas redes marcadas com o recado de que o show precisa parar para mobilizar mais pessoas. Algumas empresas do mundo da música decidiram paralisar parte do trabalho neste dia. Na ViacomCBS, dona da MTV, entre outros canais, a orientação foi de ninguém realizar reuniões de negócios, interrompendo as atividades para prestar homenagens à comunidade negra.

O Spotify  anunciou na segunda-feira que iria fazer pausa nas suas publicações na mídia social. Além disso, iria substituir logos por versões com suas imagens cobertas de preto. Playlists e podcasts selecionados estavam programados para incluir uma faixa de 8 minutos e 46 segundos de silêncio, tempo em que George Floyd foi sufocado.

Alguns posts direcionam para o site da iniciativa, que esclarece o apagão promovido pelo setor. A ideia partiu de duas mulheres negras que atuam no segmento: Brianna Agyemang (gerente sênior do departamento de artistas da Platoon, que agencia e orienta talentos) e Jamila Thomas (diretora de marketing da Atlantic Records).

A mensagem é que o dia seja para reflexão e conversas produtivas que levem a decisões para apoiar as comunidades negras. As criadoras do movimento apontam que a indústria da música é multibilionária e tem faturado muito com a arte vinda de artistas e músicos negros. Elas dizem ainda que a iniciativa não é um esforço que se limita a uma mobilização de 24 horas. O movimento pretende anunciar ações.

O site lista uma série de medidas que podem ser tomadas nesta terça-feira, desde fazer doações para famílias de negros assassinados pela polícia recentemente até aprender mais sobre a luta antirracista.

The Show Must Be Paused

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