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Festival do Clube 2016

'Processo criativo horizontal' é tema de debate

10.09.16

As redes sociais mudaram a forma como as marcas se comunicam com o público e trouxeram para o coração das agências a figura do community manager. Para discutir os desafios impostos por essa nova dinâmica, o Festival do Clube reuniu neste sábado (10) um time de especialistas no assunto: Gabriel Borges, sócio e CSO da Ampfy; Moa Netto, vp de criação da W3haus; Elisa Calvo, digital marketing & social media manager da Natura; e Raffael Mastrocola, diretor geral e vp global da SapientNitro, além do mediador Tullio Nicastro, diretor de estratégia da Mutato.

Na mesa "Processo criativo horizontal: o community manager é o diretor de criação do futuro?", os participantes comentaram sobre a importância da cocriação, de ter departamentos mais colaborativos nas agências e da autonomia para responder com agilidade ao público disposto a dialogar com as marcas. Segundo Tullio, no novo contexto, as ideias podem surgir de qualquer lugar, muitas vezes da própria conversa com o público, e não se deve passar pelos mesmos steps de aprovação dos processos criativos tradicionais.

Um exemplo da própria Mutato foi um post que nasceu dos comentários dos fãs da Netflix, que gostariam de “casar” com a marca. A partir daí foi criado um convite de casamento no Facebook, para ser preenchido com o nome do(a) fã de Netflix. O post gerou alto nível de interação e até um pedido real de casamento de um internauta para a sua namorada.

Já Elisa lembrou a importância da transparência na conversa com os consumidores. “A verdade pode ser divertida, fashion, o que for, mas tem de ser verdadeira”, disse. A Natura, por exemplo, abriu um debate em torno do Dia dos Pais após ter sido a primeira empresa brasileira a dar 40 dias de licença paternidade para os seus funcionários. Os posts nas redes sociais também reforçavam a importância da figura paterna. “Pai não ajuda, divide” e “Pai não assiste, participa” eram alguns deles.

Para mostrar como deve ser feito o uso de dados em uma estratégia de social, Moa Netto apresentou o famoso case “Espelhos do racismo” (leia aqui), que levou do mundo virtual para o real posts preconceituosos, colocando os comentários em outdoors próximos aos locais onde seus autores viviam. Três pontos foram fundamentais para a ação dar certo: o output criativo, os cuidados com a privacidade (“não apontamos o dedo, mas mostramos para as pessoas que havia um racista por perto”) e entender os mecanismos da imprensa para poder alimentá-la (foi organizada uma coletiva e entregue a jornalistas uma pesquisa sobre o assunto).

Raffael Mastrocola, por sua vez, lembrou que o desafio hoje é entender cada vez mais os consumidores e disse que eles estão em busca de pertencimento. Em seguida, citou o trabalho da Sapient para a Monsanto, empresa de agricultura e biotecnologia atacada por muitos haters nas redes sociais. “Iniciamos um diálogo com base em informações para converter os haters em pessoas que talvez não odeiem tanto a empresa. Como fazem os advogados, nesses casos a agência deve defender o cliente com ética, transparência e estratégia.

Para fechar o encontro, Gabriel Borges, o GB, apresentou um case criado pela Ampfy para a Gol em parceira com um casal de publicitários, que mudava de um destino para o outro em “um pulo” por meio de edição de vídeos. “Podemos ceder o espaço criativo para outra pessoa, desenvolver um papel de curadoria para buscar uma solução correta para necessidade que a gente tem”, finalizou.

Confira a programação completa do Festival, aqui.

Paula Guimarães

Serviço:

Festival do Clube de Criação 2016

Quando: Setembro, 10, 11 e 12 - 2016
Local: Cinemateca Brasileira - São Paulo – Brasil
Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino

Hosted by: Clube de Criação
www.clubedecriacao.com.br
55 11 3030-9322

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#FestivaldoClube2016

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