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Coronavírus

GP da Austrália, SPFW, Disney: a escalada de cancelamentos

13.03.20

Com a declaração da OMS de que o novo coronavírus atingiu o estágio de pandemia, na quarta-feira 11, e com o subsequente anúncio do governo norte-americano de proibir viagens da Europa para os EUA, com exceção do Reino Unido, eventos e encontros de negócios passaram a ser cancelados ou adiados em ritmo mais intenso do que vinha ocorrendo. Tanto que é o caso de se perguntar o que está mantido.

Dentre os eventos que são acompanhados com atenção pelo mercado de comunicação, o Cannes Lions continua mantendo sua agenda – mas já reservou uma data para outubro, caso a pandemia obrigue a organização a redefinir o cronograma (veja aqui) e o D&AD também confirma sua programação (aqui).

O SXSW, que foi cancelado após a decisão de Austin (cidade-sede) proibir eventos da cidade, havia expressado, na ocasião, que estuda meios de oferecer alguma experiência virtual para as pessoas que iriam ao evento, que começaria nesta sexta-feira, 13. Alguns e-mails nessa linha foram encaminhados a palestrantes, conforme relata AdAge, porém não está claro se a ideia tem chance de vingar. A organização não se pronunciou a respeito.

Mesmo AdAge está revendo seus eventos, como a festa da A-List & Creativity Awards. A premiação estava marcada para 14 de abril e agora os organizadores avaliam datas alternativas entre junho e julho.

Por aqui, a conferência do Grupo de Planejamento, que seria no dia 31 de março, também foi adiada (leia mais a respeito aqui).

O fato é que os comunicados de cancelamentos e adiamentos se tornaram rotina nestes dias. E isso vale para os grandes eventos, para os pequenos e para programas que reúnem muita gente. Na lista, entra a Disney, que fechou seus parques nos EUA e na França ao menos até o final do mês.

No Brasil, aguarda-se comunicado oficial da Time For Fun a respeito do Lollapalooza, que, seguindo-se o que fizeram os organizadores das edições do Chile e da Argentina, deverá ser adiado para o segundo semestre (confira aqui).

Por sinal, a segunda metade do ano promete ficar pequena para tantos festivais, encontros e eventos postergados. O Coachella avisou que adiou os shows para outubro (veja aqui), mesmo mês escolhido pelo Cannes Lions como data alternativa. Com tantas mudanças e redefinições os organizadores terão de lidar com uma complexa reengenharia.

A São Paulo Fashion Week é mais um exemplo. Ela já tem uma data para a SPFW N50, que celebra 25 anos do evento: 16 e 20 de outubro. Porém a temporada SPFW N49, que teria desfiles entre 24 e 28 de abril, acaba de ser desmarcada. O informe da organização diz o seguinte: “Diante do cenário atípico e visando preservar a saúde e bem estar de todos, a programação do festival SPFW+ e a conferência internacional anunciada para o dia 27 de abril serão replanejadas”. Ainda não se sabe para quando.

No mundo esportivo, mais cancelamentos. O Grande Prêmio da Austrália, que abriria o calendário da Fórmula 1, foi suspenso poucas horas antes do início dos treinos livres – a corrida estava marcada para o domingo 15. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) publicou o seguinte comunicado: “Sabemos que estas são notícias muito desapontantes para os milhares de fãs que vão à corrida, e todos aqueles que têm ingressos vão ser reembolsados. Em seu tempo, um novo anúncio será divulgado.”

Além disso, a Libertadores adiou jogos que estavam marcados entre os dias 15 e 21 de março. Um novo cronograma deverá ser comunicado. A Uefa fez o mesmo com os jogos da próxima semana. As partidas das oitavas de final da Champions e Liga Europa serão adiados.

A escalada de cancelamentos e adiamentos – ou ainda de redefinições de formatos de presenciais para virtuais – demanda que as pessoas chequem o status dos eventos ou das atividades que estavam no planejamento.

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