Experiências multissensoriais

A Natura anunciou nesta quinta-feira, 10, a criação de um espaço que oferece experiências imersivas para refletir seu posicionamento na perfumaria brasileira. Uma assinatura estabelecida em 2017, “a Casa de Perfumaria do Brasil”, ganhou vida e foi materializada em um ambiente dividido em quatro salas montadas no Centro de Inovação da companhia, em Cajamar (cidade a 29 quilômetros da capital paulista). A Casa de Perfumaria apresenta uma jornada multissensorial para mostrar como são idealizadas e produzidas as 14 fragrâncias da marca.

Projetado pelo arquiteto Roberto Loeb e com curadoria artística de Marcelo Dantas (que tem, entre seus projetos, a Japan House e o Museu da Língua Portuguesa, ambos em São Paulo), o espaço conta com projeções, experiências olfativas, dois jardins e uma sala de alquimia. Ainda sem data de abertura para visitações (o que vai demandar o cumprimento de medidas sanitárias contra a covid-19), o espaço já se tornou uma área “instagramável” para os funcionários da empresa.

Como forma de destacar o posicionamento da Natura no segmento, uma campanha foi desenvolvida pela Galeria para ressaltar que “desejo tem cheiro”. Alguns dos produtos da área aparecem em cena, como os perfumes Kaiak e Luna. O filme estava programado para ir ao ar na noite desta quinta-feira.

“A Casa de Perfumaria do Brasil é a tradução das riquezas de um Brasil vasto, alegre, vibrante. Da alquimia das fragrâncias, agora, nos transportamos para uma experiência única que desperta sensações em todos os sentidos”, comenta Andrea Alvares, vice-presidente de marca, inovação, internacionalização e sustentabilidade da Natura.

Denise Coutinho, diretora de marketing global de perfumaria da Natura, conta que a empresa deu início à produção de fragrâncias na década de 70. Aos poucos, os artigos foram se sofisticando a ponto de atingir a qualidade expressa por linhas como Essencial, com itens vendendo bem no mercado latino-americano onde a Natura tem presença. Uma das características da produção da companhia é o uso de óleos essenciais extraídos de plantas da Amazônia.

A Natura tem registros próprios, caso do óleo essencial extraído da priprioca, o primeiro que foi patenteado pela empresa – na sequência foi registrado o óleo de breu branco. Denise ressalta ainda que a companhia tem uma perfumista in-house, Verônica Kato, o que demonstra como se dedicam a esse mercado.

Parte desse trabalho poderá ser conferido na Casa de Perfumaria. No primeiro ambiente, a Sala Multissensorial, repleta de espelhos e projeções que remetem à biodiversidade amazônica, o visitante é instado a relaxar em meio a uma trilha musical brasileira. Há notas de folhas e madeiras no espaço – entre eles, os aromas da priprioca.

Na sequência do tour, vem o Jardim Aromático, onde estão 50 espécies que formam a base da perfumaria da Natura. Entre elas estão plantas entre as mais usadas para os perfumes consumidos pelos brasileiros, mas também estão espécies que vieram da Amazônia. Denise revelou que o transporte foi tão cuidadoso que foi preciso parar na estrada para que as plantas descansassem e, já em Cajamar, foi necessário deixá-las em outro lugar para "desestressarem" antes de serem colocadas no jardim.

O terceiro ambiente é o Jardim de Frascos, uma instalação artística de autoria da designer Nicole Tomazi. Ela faz reaproveitamento de embalagens. A montagem foi feita com 1.500 frascos e gera reflexões sobre sustentabilidade. A Natura informa que desde 2007 usa álcool orgânico em seus compostos e que tem programa de reciclagem de vidro.

O último espaço do tour é a Sala Alquimia. Ela contempla projeções em telões panorâmicos e tem uma mesa de experimentações, que contém diversas amostras de ingredientes. O material coloca em evidência a origem das espécies utilizadas até cocriações de perfumes com a ajuda de especialistas externos, alguns internacionais. Há um grande painel de vidro pelo qual se vê o laboratório de perfumaria.